É bem assim que começa a música de Kid Abelha, e eu resolvi iniciar o post desse jeito...
Eu sonhei em uma casa pequena, estreita, e que havia uma pessoa, um menino grande, com os cabelos claros, olhos bem vivos, em uma cadeira de rodas. Até então, estava tudo tranquilo. Conversamos aos montes e de repente ele passou mal, muito mal e desacordou.
Foi tão estranho segurar aquele corpinho tão frágil atrás de socorro. Parecia que era alguém conhecido... Faleceu enquanto eu segurava! E quanto mais eu olhava aquele corpinho, mas saía lágrimas dos meus olhos. Além disso, meu coração doia muito. Mas, muito mesmo.
Eu lembro que ele tinha alguém. Uma companheira. Não sei se era casado, namorado, não importa.
Perto dele, havia carteira de cigarro. Disso eu lembro. Acordei assustada, parecia tão real aquele sonho. Chorei baixinho e rezei um pouco.
Passou alguns pensamentos na minha cabeça, quando lembrava do cigarro. Não gosto de fumar nem do cheiro do fumo, mas respeito quem gosta. Aquele rapaz gostava e mesmo com ordens médicas foi teimoso demais para parar, assim, não conseguiu vencer a morte.
A morte do corpo, quando esse encontrou a possibilidade de ter uma doença incurável como o câncer, por exemplo.
Estou falando do rapaz. Em hipótese nenhuma, falo de outra pessoa. Cada um sabe o prazer ou o desprazer que o cigarro traz na sua vida.
Falo do sonho, do rapaz. De alguém tão próximo que faleceu por causa do seu exagero ao fumar e mesmo sabendo que deveria parar por causa da sua saúde, não o fez. Então, perdeu seus melhores momentos da juventude: sua namorada ou esposa, os futuros filhos, gozar de boa saúde e aproveitar as oportunidades que sua linda vida poderia ter trazido com bravura e sabedoria.
